GATOS EM DETALHES




Nossa história com os gatos começou com eles nos ajudando com a habilidade de caçar ratos. Após milhares de anos no meio doméstico, eles ainda mantém alguns aspectos relacionados à sua origem selvagem.

Aqui vai uma breve demonstração das principais características físicas dos gatos domésticos.

Os pelos mantém o isolamento térmico e são usados para intimidação num confronto ou quando o gato se sente ameaçado, eles se arrepiam para simular um tamanho maior.

As vibrissas ou “bigodes” são estruturas sensoriais presentes em diversos animais. Graças a esses sensores, os gatos conseguem ter uma melhor orientação espacial e sentir pequenas mudanças na orientação e força do vento. Há teorias que eles podem até sentir um terremoto antes da gente!

A língua é uma ferramenta importante para os gatos, ela é longa e achatada e possui papilas bem ásperas e proeminentes, como se fosse uma escova. É útil para raspar restos de carne dos ossos da presa e a desmanchar os nós dos pelos.

Os gatos são naturalmente muito higiênicos. Passam boa parte do tempo se lambendo para retirar sujeira e pelos velhos. Esse senso de higiene é importante pois eles ainda tem o instinto de caça e se preocupam muito em disfarçar o cheiro para a presa não notar sua presença.

Os dentes caninos são maiores, bem afiados e pontiagudos para poder rasgar a carne da presa e os molares são pontiagudos para triturar a comida em pedaços fáceis de engolir. Um filhote tem 26 dentes de leite. Entre os 5 e os 7 meses de idade, eles caem e surge a arcada definitiva, com 30 dentes.

Eles têm uma estrutura chamada órgão de Jacobson, que serve para captar alguns odores e feromônios. Fica localizada próximo ao céu da boca e, provavelmente, é por isso que, às vezes, seu gato fica com a boca aberta sem algum motivo aparente.

O Tapetum lucidum é uma membrana que fica no fundo dos olhos. Basicamente essa estrutura melhora a captação da luz e ajuda os gatos a enxergam melhor no escuro. Por isso que, às vezes, os olhos deles parecem brilhar, é essa estrutura que reflete a luz e dá esse efeito.

Os gatos têm uma audição poderosa. Embora os cães sejam famosos por escutarem sons que nem a gente consegue ouvir, os gatos na verdade ouvem frequências muito mais altas. Eles podem detectar as menores variações no som, o que ajuda a identificar o tipo e o tamanho da presa que emite o ruído.

Essa audição aguçada é especialmente importante em gatos selvagens, que dependem da caça para sobreviver. Também permite que as mães felinas escutem os gritos de angústia de seus filhotes quando estão muito longe.

As orelhas tem aberturas laterais chamadas “bolso de Henry”, que faz com que o som chegue com mais precisão ao canal auditivo. Essa estrutura não parece servir para nada quando o gato está tranquilo, mas ela muda de forma quando algum som chama a atenção. A musculatura da orelha é bem desenvolvida e permite que eles movam cada uma para direções diferentes.

O aparelho auditivo também é composto por outra estrutura que é vital para o sucesso da vida dos gatos. O aparelho vestibular, que fica alojado no ouvido interno, é importante para o senso de equilíbrio. Por exemplo, se um gato é lançado ao ar, os detectores super sensíveis dessa estrutura enviam rapidamente mensagens ao cérebro. O aparelho vestibular o ajuda a detectar a direção e desencadeia o reflexo de "endireitamento", e ele consegue se virar no ar e pousar normalmente. 

Esse órgão, juntamente com a cauda, ​​que atua como um contrapeso, permite que o gato realize suas acrobacias marcantes. A cauda é muito importante para o equilíbrio e os ossos que a formam, correspondem a cerca de 10% do esqueleto total.

O pênis dos gatos é repleto de pequenos espinhos, chamados de espículas, que servem basicamente para estimular a ovulação das fêmeas. Depois de castrados, eles perdem essas espículas e o pênis fica com uma aparência lisa.

O coração bate, em média, 2 vezes a cada batimento de um coração humano, e fica mais centralizado no peito do que o nosso.

A musculatura tem uma capacidade especial de se contrair, o que garante uma enorme explosão muscular. Isso permite que eles saltem até sete vezes a própria altura ou corram a quase 50 km/h por pequenas distâncias.

Eles também não têm a clavícula óssea – só uma pequena cartilagem ligada aos músculos. O resultado disso são passos mais largos na corrida e a habilidade de se enfiar em buracos estreitos.

A coluna vertebral é uma das mais flexíveis entre os mamíferos. Os discos entre as vértebras são espessos e unidos por ligações que possibilitam um maior ângulo de movimento. Permite que eles até se dobrem em forma de U.

Os coxins ou almofadas das patas, além de absorver impacto, possuem terminações nervosas que captam a textura do que o gato está tocando.

Assim como outros felídeos, eles têm garras retráteis e gostam de arranhar locais por motivos como: demarcação de território, aparar as unhas, alongar os músculos ou simplesmente porque estão entediados.

Mesmo que os gatos não precisem mais caçar ou se preocupar com ameaças maiores, é importante preservar o que restou do instinto selvagem, pois está diretamente relacionado com uma vida saudável.

É recomendável sempre manter um ambiente interessante e estimulante, de forma que o gato se exercite mais e tenha distrações durante todo o tempo, até quando os donos não estão em casa. Eles gostam muito de prateleiras para escalar, arranhadores, esconderijos como caixas e vários tipos de brinquedos, principalmente os que têm algum movimento.

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