O diagnóstico do botulismo é confirmado pelos dados clínicos e epidemiológicos, identificação de toxinas e ou de esporos de Clostridium Botulinum viáveis em espécimes clínicos ou na fonte de intoxicação. Para diagnóstico laboratorial, o material deverá ser colhido logo após a morte do animal ou mediante o sacrifício deste em estado pré-agônico. Isto se justifica pelo fato de que coletas realizadas tardiamente poderão conter toxinas produzidas após a morte do animal em função da germinação dos esporos no trato digestivo.
Para pesquisa de toxinas, recomenda-se coleta de no mínimo 250g de conteúdo intestinal, conteúdo rumenal e fragmentos de fígado, bem como 20 ml de soro sanguíneo, em frascos estéreis. O mesmo procedimento deverá ser feito para fontes suspeitas de intoxicação como cama de frango, silagens, água e outros. Os materiais deverão ser enviados congelados, o mais rápido possível ao laboratório acompanhado de informações completas sobre o histórico da doença.
A pesquisa de toxinas botulínicas é feita através de bioensaio em camundongos, empregando-se o teste de soroneutralização. O tipo de toxina presente é determinado pela sua neutralização com antitoxina homóloga.
Apesar de sensibilidade e especificidade altas do teste de soroneutralização em camundongos, nem sempre é possível detectar a presença de toxinas no material analisado, em função das baixas concentrações presente nos substratos analisados. Várias técnicas “in vitro” tem sido avaliadas visando a substituição do bioensaio em animais, principalmente em função do tempo decorrido para leitura final do teste e problemas éticos e estruturais na utilização de animais de laboratório.
Dentre estas destacam-se o teste de ELISA, a microfixação de complemento com aquecimento e a PCR. A microfixação de complemento e ELISA apresentam sensibilidade próxima à soroneutralização, entretanto apresentam menor especificidade. O PCR não detecta a toxina e sim os genes responsáveis pela sua produção, que podem estar sendo expressos ou não.
Diagnóstico diferencial
Os sinais clínicos são semelhantes aos de algumas doenças infecciosas, metabólicas ou envenenamentos, confira abaixo:
Diagnóstico diferencial do botulismo nos ruminantes domésticos.
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