Informações Gerais
Tipo de Conteúdo: Protocolo - Conduta Clínica
Categoria: Clínica médica de grandes animais
Emergencial: Sim
Espécies: Bovinos
Introdução à Doença / Importância:
A mastite (mamite) é o termo utilizado para designar o processo inflamatório da glândula mamária, que podem ser causada por agressões químicas, físicas, térmicas, mecânicas ou microbianas (90% dos casos por bactérias). Pode ser dividida em forma clínica e subclínica (Peleja, Souza e Ferreira, 2006). A forma clínica pode ser dividida em mastite catarral, apostematosa e flegmonosa, dependendo das manifestações clínicas apresentadas. Além do tratamento, para a mastite deve-se pensar em prevenção, tendo em mente correção de manejo, limpeza e manutenção de equipamentos e conscientização dos funcionários e colaboradores.
Mais comum em quais raças/sexo/idade:
A maior importância da doença se dá aos animais destinados a atividade leiteira, sendo que os animais mais velhos podem ser mais susceptíveis (PIEPERS, 2009).
Diagnóstico Clínico:
Exame físico geral;
Inspeção e palpação dos tetos e mama.
Diagnóstico por Exames:
Exame do leite:
Fundo escuro (verificação do aspecto do leite):
CMT (avaliação indireta da celularidade do leite):
Adaptado de Schalm et al.,1971
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CCS (contagem de células somática: automática e por microscopia);
Leite Normal – CCS até 250.000 células /ml - Importante lembrar que colostro e leite de final de lactação tem aumento no número de células.
Cultura e antibiograma
Cultura – Considerado o teste padrão ouro para o diagnóstico da mastite.
Antibiograma – Importante para escolha do antibiótico ideial.
Tratamento Terapêutico:
Ordenhar o animal;
Aplicar ocitocina para liberação do leite residual, e ordenhá-lo novamente (Após 10 - 15 minutos);
Realizar tratamento com antibiótico intramamário em qualquer forma de mastite, na ordenha da tarde (diferenciar o tratamento entre vaca seca e em lactação);
Tratamento sistêmico com antibiótico e antiinflamatório apenas quando o animal apresentar alterações sistêmicas.
Complicações:
A mastite flegmonosa pode ou não evoluir para uma forma gangrenosa, onde a bactéria local impede a circulação sanguínea, podendo causar a necrose e perda completa da glândula.
Referências:
PELEJA, L.; SOUZA, L. T.; FERREIRA, M. G. Mastite e células somaticas. Revista Científica eletrônica de Medicina Veterinária. Ano III, n. 06, 2006.
PIEPERS, S.; OPSOMER, G.; MEYER, E. et al. Heifer and quarter characteristics associated with periparturient blood and milk neutrophil apoptosis in healthy heifers and in heifers with subclinical mastitis. J. Dairy Sci., v.92, p.4330-4339, 2009.
SCHALM O. W.; CARROL, E. J.; JAIN, N. C. Bovine mastitis. Physiological and chemical tests for detection of mastitis. Philadelphia : Lea & Febiger, p. 128-157, 1971.