SUTURAS POR PONTOS SEPARADOS
As suturas por pontos separados são, de uma maneira geral, mais seguras que as suturas por pontos contínuos, porque se um ponto for rompido os remanescentes manterão aproximadas as bordas da ferida. A ruptura de um único ponto numa sutura contínua quase sempre é sinônimo de deiscência da ferida.
SIMPLES SEPARADO
Sutura de emprego cosmopolita, podendo ser
utilizada em suturas de pele, fáscias, músculos,
paredes de órgãos etc.
É recomendável a lateralização dos nós, evitando-se
deixá-los sobre a linha de cicatrização
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WOLFF
Tem as mesmas propriedades da sutura anterior, porém a
sua execução é mais rápida: a cada dois pontos, apenas um
conjunto de nós e uma só operação de corte de fios.
Observe-se que interfere menos no processo de
cicatrização porque o fio nunca passa por sobre as bordas
da ferida.
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EM “X”
Pode ser empregada na pele, em ponto único,
para fechamento de pequeno ferimento ou em
pontos múltiplos, em ferida maior. Também é
utilizada em suturas perdidas, no fechamento
de parede abdominal, por exemplo.
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DONATTI
Empregada em sutura cuticular, é particularmente útil em
àreas onde há possibilidade de se instalar edema.
É útil também quando se espera que haverá aumento da
pressão interna de uma cavidade (ex.:timpanismo) que irá
pressionar a parede abdominal suturada.
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MAYO
Esta sutura perdida, também denominada
“JAQUETÃO” promove a imbricação ou
superposição lateral das bordas da ferida,
proporcionando uma larga faixa de aderência e,
conseqüentemente, melhor cicatrização. Foi
desenvolvida para ser empregada no
fechamento de anel herniário.
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SUTURAS POR PONTOS CONTÍNUOS
Em medicina veterinária, por razões de segurança, a maioria destes padrões
de sutura é empregada em suturas perdidas. Não se deve esquecer que o
paciente normalmente interfere na ferida operatória e que a ruptura de único
ponto é suficiente para desfazer toda a sutura.
SIMPLES CONTÍNUA
Como sua congênere “separada” é de utilização
ampla, devendo ser lembrado que não é
recomendável o seu emprego nas suturas
externas.Nos compêndios de cirurgia humana é
conhecida também como “CHULEIO”.
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REVERDIN
Eventualmente é denominada “FORD”
Tem o mesmo emprego e atributos de uma sutura
por pontos simples contínuos, sendo, porém,
superior em termos de segurança. Cada ponto está
ancorado no anterior e no posterior e as tensões
são melhor distribuídas ao longo da linha de
sutura.
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COLCHOEIRO
Sua característica é promover a aproximação
das bordas da ferida sem que o fio passe por
sobre as bordas da ferida e interfira na linha de
cicatrização. Tem boa aplicação nas
auriculoplastias dos cães.
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SCHIMIEDEN
Empregada como sutura inicial em órgão ôco
(ex.:histerorrafia).Promove boa coaptação das
bordas da ferida, mesmo considerando que a
intervalos regulares o fio se interpõe entre as
bordas. Sua execução é rápida e sempre
seguida de uma sutura “invaginante”.
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BOLSA DE TABACO
Também denominada “Bolsa de Fumo. É uma
sutura circular empregada nas cirurgias do
digestório, nas anastomoses, fixação de cânulas
e sondas e também utilizada no fechamento de
pequenos ferimentos circulares.
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SUTURAS INVAGINANTES POR PONTOS SEPARADOS
Estes padrões de sutura foram desenvolvidos para utilização em órgãos
ôcos.
LEMBERT
Sutura invaginante para órgão ôco, bastante
segura, porém de confecção trabalhosa.
É de lenta progressão, porque os pontos são
aplicados perpendicularmente em relação ao
eixo maior da ferida.
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HALSTED
Sutura invaginante, com boa segurança por
serem os pontos aplicados em separado.
Lembra uma sutura de Lembert dupla , com a
entrada e a saída do fio situadas no mesmo
lado, onde são aplicados os nós.
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SUTURAS INVAGINANTES POR PONTOS CONTÍNUOS
Estes padrões de sutura foram desenvolvidos para serem utilizados em órgãos
ôcos.
LEMBERT
Sutura bastante segura (amplo contato
serosa/serosa), de confecção trabalhosa. É de
progressão lenta ao longo da ferida a ser
suturada porque a aplicação da agulha é
sempre perpendicular ao eixo maior da ferida.
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CUSHING
Sutura de rápida progressão por ser contínua e
também porque a aplicação da agulha é sempre
paralela ao eixo maior da ferida.
Das invaginantes, é a sutura mais empregada
nas histerorrafias, gastrorrafias, cistorrafias etc.
NORMAS PARA A EXECUÇÃO DE SUTURAS
1. Observar distância regular e segura de entrada e saída da agulha em relação
às bordas da ferida.
2. Distribuir os pontos com espaçamento uniforme.
3. Manter a regular perpendicularidade ou paralelismo do trajeto da agulha em
relação ao eixo da ferida (quando for o
4. Evitar a confecção de nós sobre a linha de cicatrização.
5. Nos terminais de sutura, cortar o fio a uma distância segura dos nós.
6. Escolher corretamente os fios, calibres e o tipo (padrão) de sutura, de
acordo com os tecidos ou órgãos a serem suturados.
7. Na confecção dos nós, tracionar os terminais apenas o suficiente para a
adequada aproximação das bordas da ferida, evitando isquemia e deiscência !
CLASSIFICAÇÃO DA SUTURA PELA DIFERENÇA DE PROFUNDIDADE DO TRAJETO DO
FIO
De acordo com a profundidade que agulha e fio alcançam na parede de um órgão
ôco, as suturas serão denominadas sero-serosas, seromusculares e sero-mucosas.
Em decorrência deste fato, as suturas serão, ainda, denominadas não
contaminantes, se forem sero-serosas (mais frágeis) ou seromusculares (mais
confiáveis) e contaminantes, se forem sero-mucosas.
Por princípio, considera-se contaminada a luz dos órgãos ocos, como estômago e
intestinos.
Créditos: Prof. A. Falcão – EV/UFMG
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